sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Finalmente Todos os Portellinhas Unidos Novamente!

Se existe algo que eu Carlos Eduardo tenho que prestar de tríbuto à todos os parentes vivos e os que não estão mais presentes fisicamente, é o fato de ter herdado não somente a genética desses descendentes de Portugueses e Italianos, mas acima de tudo a minha cultura e minha educação.
Relembro de em 2007 ter postado uma foto junto com minha Tia Claudia Francisca e meu Tio João indagando o que seria dos Portelinhas.
Mas a questão agora é que os Portellinhas são, não eram. Eles estão e não, vieram...
Não foi apenas um momento de um Domingo de Outubro passado, foi um reencontro de almas afins e que mesmo que alguém diga e aponte nossas diferenças um do outro, apenas um sentimento nos uniu, o sentimento que estava na camisa de meu irmão Geraldo Henrique...PAZ...


O dia que começa ensolarado em uma chacará Londrinense, nem de perto lembrava os dias de Sol em que seu Manoel Marins Portellinha e sua esposa Dona Amabile Clementina Sannazaro passavam no alpendre da casa de madeira a idealizar os sonhos de seus 13 filhos, a rastelar as sementes de café no terreiro em frente a chacará de Rolândia. Uma história rara, daquelas de filme europeu mesmo, com filhos com das mais diversas propensões políticas e culturais: uns para os negócios e outros totalmente fiéis a educação não só de seus filhos, mas dos filhos de outras pessoas.

Lá , lá naquele chão vermelho batido, que o trem vindo das Minas Gerais trouxe o recomeço de uma história iniciada no Brasil no início do século XX. E assim vinham os filhos mais velhos: Tonico, funcionário da indústrias Matarazzo em São Paulo, Maria professora que estudou no Liceu Campineiro,Emilia Arciprete também uma das primeiras professoras de Arapongas e Rolândia como sua irmã mais velha, Ildefonso, que se tornava mais tarde prefeito da então jovem cidade de Lobato-Pr e comerciante que herdou da mãe e do pai o tino comercial , na sequência da fundação das Lojas Tupinambá João,Ildelfonso e sua mãe Amabile Sannazaro,fazem com que os irmãos sigam o mesmo caminho:Alexandre e Sebastião,Nenê e Judith que junto deste fundaram lojas de Tecidos e Confecções em mais de 20 cidades do Paraná, negócio iniciado no distrito de Astroga, Tupinambá. Ficavam na chacára aquelas que digamos eram as responsáveis por cuidar tanto fisicamente e maternalmente dos outros irmãos: Claúdia, Lucília, Josefina..uma verdadeira equipe...uma empresa vencedora!

Não só da educação e dos negócios eram a destinação desta família, mas também a qualidade daquilo que apregoavam quer fosse de sua fé ou de sua formação intelectual, com eles aprendi que o Jesus, o Cristo de Deus veio para nos redimir, que Maria nossa mãe velava insessantemente por todos nós, na alegria e na tristeza, e também aprendi coisas curiosas, como que se tomar Leite com manga ou melancia faria mal, que guardar um dente de alho na carteira traria dinheiro, que se deixássêmos a porta do guarda roupas aberto o dinheiro iria embora.Coisas de mineiro...

E mais..os conto de assombração da Tia Emilia e da tia Maria que com seu piano de armário algumas vezes por sua viúvez se calaram, o quarto secreto de Tia Lucilia que nunca se abria em sua casa de Rolândia e os três maços de Plaza e um pacote de pão que comprava todas as vezes na mercearia do Verdão em frente ao ginásio municipal e que alegremente levava à mesma que me chamava de:Fiinhú.. fora os discos(o do Manananá,Pink Floyd, Charles Aznavour,Maria Bethania), livros de literatura(Drummond,Fernando Pessoa,Clarisse Linspector),que nos acendiam a curiosidade pela vida...

Do quando que minha saudosa mãe jogava algumas palavras e canções no ar e que muito mais tarde fui entender que eram um adestramento didático que funcionária para a vida toda e do quanto era importante dar bom dia, dizer sim senhor, sim senhora, do respeito e tríbuto aos mais velhos por sua sabedoria e experiência de vida.

Pelas diversas vezes em que Tia Maria nos recebia em sua casa em Arapongas com um enorme café da tarde e das quantas vezes que Tia Claudia sem titubear nos aconselhava e sempre nos tratava como iguais nas perdas dos entes queridos, de tantos dias em que eu e Tio Tião nos degladeávamos em discussões teimosas e engraçadas e do velho e bom carteado em que a tia Emilia insistia em querer alterar a pontuação ou as cartas do pontinho que jogávamos.Das idas incontáveis a Pato Branco visitar a Tia Nenê, a Santo Antonio visitar o tio Tião, a Cacavel visitar tio Fonso e tio João e a Santa Helena visitar o tio Alexandre

Do jeito simples do Maneco e da Fatiminha e de toda os primos reunidos em dias de festa, da lendária Banda que eu e o Paulo Roberto(o Piu Piu) e o Luis Otávio fundamos no sul de minas e que teve seus momentos de glória abrindo para o Barão Vermelho em Pouso Alegre. Da Su, da Simoninha , da Rosicler, do Jorjão, marcelinho, marcos, do Xandrinho, Adriano e Manoel Marcos, do Tatá, do Paulo , do Fonsinho, Silvano , Carlos e Maria Teresa, Milton, Maristela, Raquel, Lilian, Ligia, Valdir, Delma em incontáveis lugares e locais formando uma massa coesa de parentes celebrando como diria a velha canção ...é uma casa portuguesa com certeza...é com certeza uma casa portuguesa..

Assinado
Sbã
PS- Para completar a leitura e saber o inicio de tudo isso acessem:
http://jcmillerjunior.blogspot.com/
Blog do nosso queridíssimo Produtor e esposo de nossa prima Sueli , organizadora e mentora intelectual deste encontro(abençoada pelo seu pai Tio Tião Sannazzaro, o homen que mais do que todos nós conhecia a história e as caras de todos os Portellinhas e Sannazaro)