O Silêncio

No silêncio de Curitiba.Na Visconde de Guarapuava, os carros silênciam.No parolim só no trecho para o Boqueirão a voz de gravação da moça do bi-articulado fala em tom de espera telefônica.No restaurante nem um psit...garçom.Na feirinha do largo da ordem em um domingo ensolarado...só o barulho dos sapatos nos paralelepipidos na longa fila de transeuntes olhando para o nada das barracas de artesanato.No sebo o gato preto a dormir em cima do caixa.No hotel a seleção musical da antena 1 desenterra todas as possibilidades da década de 70 e 80.No café da boca o único barulho é o dos árabes e dos velhos políticos fazendo o social da domingueira no ventinho gelado da rua XV.É o Paraíso...com toda a certeza...